(gente)Leza?


Rapaz! E que vontade minha é essa por vezes eloquente, envolvente, inexplicavelmente louca de acordar um dia desses e extravasar gentilezas por aí? Pena que nem sempre é assim!
Então já é dezembro, logo é Natal, reunião em família, cheiro de panetone, os projetos voluntários vem em peso... Gosto do fim de ano. Momento pra repensar nos atos e o que fizemos nessa correria que chamamos de vida. Pessoas vêm e vão, planos de viajar, rever amigos, e... fazer gentilezas. Gentileza! Palavra que só de lembrar me faz sorrir. Quem dera já nascêssemos dando gargalhas e uma saudação graciosa como quem diz “cheguei mundo!”. Mas ao contrário nascemos aos gritos porque saímos daquela grande bolha chamada placenta que nos envolvia e nos deixava seguros. É da nossa natureza essa tendência de ser ranzinza e olhar para o próprio umbigo mesmo, desde recém-nascidos.
Aí quando me deparo com essa coisa de ser gentil - Coisa que pra muita gente é bem difícil ser, justamente por ser algo tão simples na vida – encaro como um diferencial. Sim porque nesse mundão a fora, ouço desde pequena que a boca e os atos falam, o que o coração está cheio. Logo se você estiver triste, as gentilezas não vão soar tão grandemente em seus atos. Não tanto quanto faria se estivesse feliz, certo¿ Sim é essa a lógica, mas não deveria. Não deve, aliás, porque ser gentil com o próximo, é algo que precisa depender muito mais do que nossa estabilidade emocional. Passando assim gentileza do posto de diferencial para preceito. Coisas simples da vida que melhoram a convivência, e muito. A vida é muito mais vida sabendo ser gentil. E essas são entrelinhas do caminho muito fáceis de decifrar. Então vamos lá!
Sair da nossa zona de conforto na ousadia de tratar com decência, respeito e afeto qualquer pessoa. Eu digo todas as pessoas! Os conhecidos e os estranhos. Logo, logo descabidamente elas vão se perguntar “e agora? O que eu faço com esse sorriso que esse moço me deu?”.
Porque gentileza é igual passarinho: Canta muito mais bonito em liberdade, do que dentro de uma gaiola.
E uma voz baixinha, vai chegar de mansinho e dizer lá de dentro:
E uma voz baixinha, vai chegar de mansinho e dizer lá de dentro:
“Passe adiante…”
Eu tenho uma bruta esperança na gente sabe¿ gente! Essa espécie que caminha aprendendo a sobreviver nesse mundo onde indiretamente falando “sobrevive aquele que tem mais”. Podemos ser aquilo que quisermos quando queremos. Acredito que força do Alto não nos falta para tornarmos pessoas melhores. Está na hora de fazermos alguma coisa, mas não apenas porque é véspera de Natal. Precisamos fazer
algo depois do Natal, Ano novo e depois, e depois, e cada vez mais adiante. Não dá pra parar! Mania boba a nossa de colocar luzinhas em árvores nessa época, quando na verdade podemos deixar brilhar nossa própria luz o ano inteiro com gestos tão singelos.
Vamos viver de gentilezas! Essa é a forma mais sutilmente humana de encarar nossa imperfeição revestida de carne e osso e se atentar as coisas bonitas que podemos nos tornar. E ser. E fazer. E viver sendo (gente)lezas em pessoas.
Aí quando as rugas vierem sentadas nos cantos dos olhos cansados, mãos fadigadas pelo trabalho de procurar ser feliz a vida toda e o corpo se deitar na calma de uma cadeira de balanço, poderemos nos lembrar e dizer, com a paz de um sorriso, que a diferença que encaramos o mundo se imortalizou em nossa satisfação de poder ter feito alguém feliz.
 

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